domingo, 24 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A violência de uma repressão.





"Do rio que tudo arrasta se diz violento, mas não se diz o quanto são violentas as margens que o reprimem"

(Bertold Brecht)

A procura da liberdade



Só queria, nem que só por um mínimo momento, ter a liberdade que o mar almeja ao refletir o céu.

(Dyego Stefann)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Futil


Sinto que poderia escrever todo um livro.

Um livro onde dissertaria sobre tudo ao meu redor.

Provavelmente falaria sobre solidão, olhares, momentos, energias, incertezas, medos, amores e desejos...

Não!

Não, mesmo!

Não vou escrever um livro.

(...)

Até por que, uma pessoa que não esteja na mesma sintonia não entenderá nada.

(...)

Hoje o céu está lindo.

Celestemente Azulado.

Apenas uma nuvem.

Nossa! Ela tem formato de coração.

(...)

Eu admirando o céu e pessoas conversando do meu lado sobre sapatos e calças.

(O vento parece abraçar-me)

Amaciante. Alvejante. Sabão...

Bota só as velhas pra lavar na máquina.

Mag’s

(...)

Há um vazio por perto.

Tão vazio que se torna translúcido.

Dois vazios.

Não, são três. Esqueci de contar com os meus bolsos.

(...)

Deu uma vontade de mandar alguém se fuder.

Acho que é por que está no final da folha...


* Acabou a folha *


Não gosto de fins de folhas.

(...)

Quero falar agora sobre olhares.

Um olhar que eu não queria mais ver...

Quero. Gosto dessa perdição, tentação, tesão. Opa. Acabaram os cedilhas.

Não, agora parei.

(...)

Um, dois, três....

Gotas caem. Gotas caem. Gotas caem.

Que chão gélido.

Paralelepípedos verticais e horizontais.

De dois em dois.

(...)

Aquele poste parece uma chaminé.

Que bizarro.

(...)

Celular tocando. É o meu.

Uma amiga liga para contar as novidades. Dar notícias.

Deus vai lhe ajudar.

(...)

Fim de tarde...

Já já eu volto e continuo.



NÃO VOLTEI

A Morte de Clarice

Enquanto te enterravam no cemitério judeu
do Caju
(e o clarão de teu olhar soterrado
resistindo ainda)
o táxi corria comigo à borda da Lagoa
na direção de Botafogo
as pedras e as nuvens e as árvores
no vento
mostravam alegremente
que não dependem de nós


(Ferreira Gullar)

O que é ser artista?


Recentemente me perguntaram: O que é ser artista pra você?
Eu fiquei com cara de bobo pelo choque da pergunta.
“Vocês artista pensam que tem o dom da verdade absoluta” – Afirmou.
Não! – Afirmei ainda sem saber o que responder.
Então o que é?
Ser artista não é ter o dom da verdade absoluta. Ser artista é ter o dom de despertas nas pessoas, de forma subjetiva, suas verdades absolutas. – Respondi sem saber de onde vieram essas palavras e conclui. - Ser artista não é falar diretamente para o ser. É falar para alma.

Dyego Stefann

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Doce Recheado de Nostalgia



Abraçando-te sussurrei no teu ouvido: Sinto meu corpo no seu corpo.
Adoro esse seu lado sensível.
Está sentindo?
Olha como o mar está lindo.
Alma na alma.
(Gotas salinadas de emoção.)
Insônia.
Acordei no meio da noite com um gosto doce na boca.
Esse sabor me remeteu a várias sensações antigas.
Não estou falando do vulto roxo dos meus sonhos.
Nem mesmo dos granulados sequinhos e amarelados.
Muito menos das laminas verdes que apontam para o céu.
Um sorriso.
Não sei explicar de onde vem esse gosto. Conheço.
É um gosto de lembrança.
É saboroso como um doce recheado de nostalgia.



(Dyego Stefann)

sábado, 16 de outubro de 2010

Um lugar misterioso.



Uma menina. Moça.
Certa inocência. Vestidos coloridos.
Olhos acastanhados de mistério.
Suave. Gostoso.
Hoje lembrei a linda imagem: você me olhando. Apenas.
O que quer diz?
Quero saber o que você esconde.
Quero saber o que você tanto tenta me dizer.
(...)
Algumas vezes cheguei a pensar que você apenas refletiu o meu querer.
Uma armadilha. Uma tentação.
Como uma menina moça possui tanta volúpia no olhar?
Nossa. Que lugar misterioso é o seu olhar.

(Dyego Stefann)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eu sou a árvore


"No tronco de uma árvora
A menina gravou seu nome
Cheia de prazer
A árvore em seu seio comovida
Pra menina uma flor deixou cair

Eu sou a árvore
Comovida e triste
Tu és a menina que meu tronco usou
Eu Guardo sempre teu querido nome
E tu?
Que fizeste da minha flor?"

(Chico Buarque)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A volúpia no olhar.

O olhar é, segunda Leonardo da Vinci, a janela d'Alma.

Então,

Hoje é dia de falar com a alma.

Hoje é dia de distribuir olhares.

Hoje é dia da verdades.

Hoje é dia...