Assim dou um ponto final as minhas ideias.
deixe as idéias voarem...
domingo, 24 de agosto de 2014
O Tiro que (me)Tira
Não dê mais nenhum passo
Pare ai
Ai
Cuidado
Seja cauteloso
Aviso que estou armado, rapaz
Cui-da-do
Tenho várias armas
Uma mais potente que a outra
(...)
Engatilho
Estou pronto para atirar
Se estabelece um jogo de tensões
(...)
A cada passo, um tiro
A cada respirar, um tiro
A cara olhar, um tiro
Novamente aviso, cuidado
(...)
!!!!!!!!
Bate no seu peito
Matou?!
Vejo que escorre um liquido do seu corpo
Será sangue?
Aproximo-me vagarosamente
Sei que, se vivo, me matará sem pena
(...)
Está morto?
Responde, está morto?
Ele abraça-me
(...)
Olha-me com os olhos marejados e diz:
Poesia, meu caro, até fere, mas não mata!
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Silêncio Multicores
Se existiam palavras a serem ditas ou escritas, não sei.
Estava calado, adormecido em mim.
Tinha vontade de gritar meus pensamentos, mas não...
Calei!
Fiquei meio que mudo, meio tonto, abobalhado...
Mas na minha cabeça matuta idéias e mais idéias iam criando forma
E enquanto a água escoria pelo meu corpo e retirava de mim teu cheiro, pensava
Sentia um desejo latente de deixar essas palavras amarrotadas de solidão tranqüila saírem de mim
Aproveitar a poesia musicada das ondas densas do mar para te dizer, mas emudeci...
Diante daquela metamorfose de cores azuis anis a noite ia se prolongando
O sol já fadigado partiu deixando um rastro aquarelado no céu
A lua surgiu...
Surgiu refletida em um filete de água salinada que repousava fora do mar
(Agora já é Noite)
Pensava em formas, tonalidades e até a forma que descasaria minhas mãos sobre teu corpo
Não disse nada, apenas peguei na tua mão e te levei comigo
Na verdade pronunciava as mais belas frases em pensamento
Pensamentos parafraseados ou não, meus.
Agora, nossos...
Por. Dyego Stefann
Fotografia: http://www.flickr.com/photos/benheine/5596640060/in/set-72157623723956821
sexta-feira, 29 de julho de 2011
L#B#R#NT#
Às vezes penso que sou um labirinto.
Um labirinto pra mim mesmo.
Olho meu reflexo no espelho e não o reconheço.
Não o reconheço por que essa imagem refletida representa o meu passado.
Um passado nada distante, mas um passado que já não sou.
Pode ser engraçado pensar, mas a cada instante algo em mim se modifica.
Tento entender o porquê, mas pra que?
(...)
Dizem que é mais fácil entender certas coisas quando a olhamos de fora
Mas penso que é tão igual para ambas as partes.
Chego a esse ponto sem já não reconhecer minhas próprias palavras.
Muito menos aquelas que foram pronunciadas.
Cauteloso, penso que ao fim de tudo isso deveria jogar essas palavras fora.
(...)
Não, não me desfaço.
Dou de presente para aquelas pessoas que se sente encorajadas a andar e se despir em uma estrada que pensam enxergar o fim!
Boa sorte.
(Dyego Stefann)
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Insaturável
Assim como uma mistura água e óleo
Indissolúveis um ao outro
Penetram-se mais não se saturam
Cada um com sua grandeza, com sua imponência
O viscoso, inflamável sob a fluidez límpida e maestral
Água e óleo
Óleo e água
O horizonte irreal
O fim de tarde
(Dyego Stefann)
Corpo
Seu corpo provoca e incendeia desejos
Desejos puros, límpidos, mas viscerais
Um abraço despido
Não pelo nu, mas por um toque real, direto e intenso
Uma noite de amores
Pernas entrelaçadas, peitos colados
Braços e mãos a descobrir as curvas e texturas
Um paladar repleto, completo
Corpos a latejar
(Dyego Stefann)